1.Qual a diferença entre espinha e acne?
Acne é o nome da doença, espinha é uma das lesões que podem fazer parte do quadro clínico da acne – aquela lesão representada por uma pequena elevação avermelhada e com ponto amarelado (pus) no centro.
2.Por que algumas pessoas têm espinhas e outras não?
Existe uma predisposição genética, mas acredita-se que praticamente 90% dos adolescentes tenham acne em algum grau. A diferença está na gravidade que é dependente da resposta inflamatória e imunológica de cada pessoa.
3.Quais são as causas das espinhas?
A espinha existe nos casos chamados inflamatórios. As causas, além da predisposição genética são: retenção do sebo, crescimento de bactérias que são habitantes normais da pele, mas que proliferam muito nos pontos onde há espinha, reação inflamatória e imunológica.
4.Como prevenir o surgimento de espinhas?
É importante iniciar o tratamento o mais precocemente possível, quando aparecem os primeiros cravos, independente da idade (pode ser aos 9, 10 anos) e nunca mexer, espremer os cravos ou espinhas. São raras às vezes em que, apesar de todos os cuidados, as espinhas surgem, ou seja, não se consegue prevenir e isso está relacionado à própria gravidade, evolução da doença. Nessa pessoas, há necessidade de intensificar o tratamento para evitar as cicatrizes, as marcas da acne.
5.Como tratar as espinhas?
Inicialmente, são utilizadas substâncias de uso local. Alguns exemplos: peróxido de benzoíla, antibióticos – clindamicina, eritromicina, ácido azeláico. Se o resultado não for bom, é preciso tratamento por via oral, em geral os antibióticos ou, nos casos mais difíceis, a isotretinoína. Nas mulheres adultas, ás vezes é necessário o uso de hormônios, por exemplo, as pílulas anticoncepcionais.
6.É possível remover manchas no rosto causadas pelas espinhas?
Sim, após o controle da doença, usa-se substâncias clareadoras, como hidroquinona, ácido azeláico, ácido retinóico e procedimentos, como a microdermoabrasão e os peelings químicos, que são esfoliações.
7.O que fazer quando o rosto fica marcado com "buracos" por causa da espinha?
As cicatrizes da acne são de tratamento difícil. Em geral, há necessidade de usar produtos a base de ácido retinóico para preparar a pele e depois associar vários tipos de procedimentos como: dermabrasão (lixamento da pele), retirada cirúrgica, subcisão (levantamento dos pontos deprimidos), pequenos enxertos de pele, peelings químicos, laser etc.
8.Qual a diferença entre comedões, pápulas e nódulos?
Comedões são os cravos, brancos ou enegrecidos – em geral são as lesões inicias da acne; pápulas são a espinhas – pequenas elevações avermelhadas com ou sem ponto de pus; nódulos são elevações maiores, mais endurecidas, mais profundas e também avermelhadas.
9.Por que a maioria das pessoas tem cravos no rosto?
Porque na adolescência começa a produção de hormônios e alguns deles, os masculinos, como a testosterona que é produzida nos homens e nas mulheres (em menor quantidade) estimula as glândulas sebáceas presentes na pele que produzem o sebo, que tem função de lubrificar e proteger a pele. Nas pessoas com predisposição genética, a produção de sebo é mais exagerada e aí a pele começa a ficar mais oleosa e podem surgir os cravos. O cravo representa um acúmulo de sebo, queratina (proteína produzida pela pele) e bactérias dentro dos poros que estão com a sua abertura obstruída.
10.É possível prevenir o aparecimento de cravos e espinhas ou todo mundo tem em determinadas fases da vidas?
Se existe a predisposição genética não há como prevenir; o importante é começar a cuidar da pele quando aparecem os primeiros cravos. Como já foi dito, acredita-se que 90% das pessoas terão acne, na fase da vida representada pela adolescência ou puberdade.
11.Acne é uma doença hereditária?
Em parte sim; a predisposição genética deve ser considerada, mas existem muitos outros envolvidos; a acne é uma doença complexa.
Fonte: 50 Perguntas Mais Freqüentes Feitas Ao Dermatologista
Dra. Ediléia Bagatin
Editora Alaúde
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